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02 de junho de 2023

Descarbonização: mais do que uma opção, uma necessidade

Há tempos se fala, se ouve e discute-se sobre as alterações climáticas ocorridas nos oceanos, nas geleiras, na atmosfera e na Terra. São os reflexos da crise climática que vem acontecendo a cada ano e com mais força. E são essas frequentes mudanças climáticas que chamam países, empresas, entidades e sociedade a olharem com urgência para temas como aquecimento global e a preservação do planeta. O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) finalizou o Relatório de Síntese para o Sexto Relatório de Avaliação durante a 58ª Sessão do Painel realizada em Interlaken, Suíça, de 13 a 19 de março de 2023, nele foi divulgado que estamos enfrentando alterações em todos os sistemas com danos irreversíveis, como o aumento contínuo do nível do mar. Para se ter uma ideia, o documento mostra que o mundo provavelmente atingirá ou excederá 1,5 °C de aquecimento nas próximas duas décadas – mais cedo do que em avaliações anteriores. Daí que, limitar o aquecimento a este nível e evitar os impactos climáticos mais severos depende de ações realizadas nesta década. Somente cortes ambiciosos nas emissões permitirão manter o aumento da temperatura global em 1,5 °C, o limite que os cientistas dizem ser necessário para prevenir os piores impactos climáticos. Em um cenário de altas emissões, o IPCC constata que o mundo pode aquecer até 5,7 °C até o ano de 2100 – com resultados catastróficos.

Diante deste cenário, temos que repensar a forma como podemos minimizar os impactos que promovemos no meio ambiente, principalmente quando abordamos itens essenciais em nossas rotinas diárias, como o uso da refrigeração, indústria fundamental para a preservação de alimentos, medicamentos, vacinas, amostras de laboratórios, entre outros. Sabe-se que um refrigerador, seja para fins comerciais, industriais ou até mesmo residenciais, deve ficar ligado 24 horas por dia. Outro impacto de seu funcionamento são as emissões de CO2 equivalente. Mas, como resolver esta equação?

Entre as opções que podem contribuir fortemente com esse compromisso está a descarbonização, que nada mais é quando trocamos combustíveis fósseis, que emitem gás carbônico por fontes de energia renovável. Ou seja: a  descarbonização é uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis como fonte de energia. Como o próprio nome já diz, descarbonização é a busca pela redução e, a longo prazo, eliminação da emissão de gás carbônico pelas empresas e, também, pelas pessoas. De acordo com estimativas levantadas pela Universidade de Birmingham, da Inglaterra, a indústria de refrigeração e ar condicionado seria responsável por cerca de 10% da emissão global de tais gases, sendo que, desse total, 75% das emissões seriam provenientes do consumo de energia durante o uso dos equipamentos.

Descarbonizando – Levando em consideração aspectos como esse, temos a nossa parcela de contribuição de descarbonização ao investir no desenvolvimento de um dos componentes que pode fazer a diferença em sistemas de refrigeração: o compressor, comparado ao coração do sistema. Ele é responsável por impulsionar o fluido refrigerante que circula tanto no estado líquido quanto gasoso, alterando a temperatura do refrigerador aos sistemas industriais.  Nossa engenharia tem trabalhado incansavelmente na capacidade do nosso portfólio  para que nossos compressores atinjam temperaturas ideias, promovendo economia de energia. Um ganho.  A saber: o Brasil também passou a integrar a lista dos quatorze países que assinaram o Product Efficiency Call to Action, que visa dobrar a eficiência até 2030 de quatro produtos prioritários — condicionadores de ar, refrigeradores, sistemas de motores industriais e iluminação — que correspondem a 40% do consumo global de energia, de acordo com dados de relatório produzido pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

Outro ponto a favor da descarbonização é a utilização de fluidos refrigerantes  naturais como prioridade nos sistemas de refrigeração e ar condicionado. O estudo da Universidade Birmingham, mencionado no início deste artigo, ainda nos diz: “Cerca de 20% a 25% das emissões de CO2 equivalente do setor de refrigeração são produzidas por vazamentos de gases refrigerantes de hidrofluorcarbono (HFC), os chamados ‘gases F’ “. O uso dos refrigerantes adequados já vem sendo debatido desde a década de 1980, quando se observou que os CFCs (clorofluorcabonetos) eram responsáveis por destruir a camada de ozônio. Os HFCs (hidrofluorcarbonetos) surgiram como uma alternativa por não atacar diretamente a camada de ozônio. Porém, com o passar do tempo, pesquisas apontaram que eles contribuem para o aquecimento global e efeito estufa. Daí, que há muito tempo o Grupo Mayekawa instituiu o Natural Five, um compromisso em utilizar com prioridade refrigerantes naturais como tão, a utilizar fluidos refrigerantes naturais, como amônia, dióxido de carbono, água, ar e os hidrocarbonetos, como  o  propano R290, os quais possuem estudos comprovando sua eficiência e impactos muito menores no aquecimento global.

Como indústria, sabemos da importância de agir e falar sobre tais pontos para que cada vez mais pessoas e setores se conscientizem e se mobilizem em prol da preservação dos lugares em que vivemos. Além disso, entendemos como nossa responsabilidade o papel de influenciar, liderar e abastecer o mercado com soluções que potencializem reduções no consumo de energia, nas emissões e no uso de recursos naturais, contribuindo para essa inadiável e coletiva jornada.

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