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16 de novembro de 2020

O papel da Refrigeração na Imunização Mundial

 

 

 

 

Você sabia que há, atualmente, pelo menos 165 vacinas contra a covid-19 sendo desenvolvidas? Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

E o que todo mundo quer saber é: quando uma delas vai ficar pronta para que finalmente todos nós possamos deixar esta pandemia para trás?

Nas mídias temos acompanhado a Rússia, que, nesta corrida, parece querer chegar na frente. Seu presidente Vladimir Putin, anunciou recentemente que foi feito o registro que confirma a aprovação de uma vacina desenvolvida no país e que pretende começar a vacinação em massa, já no mês de outubro. O problema é que a vacina criada em Moscou só passou pela primeira fase de testes, em que é analisada a segurança, segundo a OMS. Faltaria ainda a segunda etapa, em que é verificada se há uma resposta do sistema imunológico, e, principalmente, a terceira, que garante se a vacina realmente protege contra uma doença.  Para o registro aqui no Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estas três etapas juntas são essenciais,

O desenvolvimento de vacinas seguras e efetivas para a prevenção de doenças infecciosas, geralmente associadas com alta mortalidade e morbidade é sem dúvida uma das mais significantes realizações na medicina. No entanto, para o êxito de qualquer programa de vacinação, tão ou mais importante que a própria vacina é de que forma as vacinas são manuseadas, transportadas e armazenadas. O assunto é crítico, já que a integridade das vacinas depende da Cadeia do Frio, que engloba processo de armazenamento, conservação, distribuição, transporte e manuseio dos imunobiológicos com o objetivo final de assegurar que todos os produtos administrados mantenham suas características imunogênicas.

É um desafio porque as falhas no cumprimento das recomendações para a conservação de vacinas têm sido mais frequentes do que realmente se acredita, não só em países em desenvolvimento, mas também nos desenvolvidos. Alguns estudos, que pesquisaram conhecimentos e práticas adotadas em sala de vacinação, evidenciam o desconhecimento de alguns profissionais sobre intervalos de temperatura adequados para a conservação; também a inexistência de termômetros ou monitoramento diário de temperaturas, detecção de exposição frequente dos produtos a extremos de temperatura (<0ºC e >10ºC) durante o transporte e o armazenamento, organização inadequada dos refrigeradores e não exclusividade dos mesmos para estocar vacinas, lembrando que cada país tem a responsabilidade de se enquadrar aos itens da Cadeia do Frio.

Aqui no Brasil, o responsável pela normatização dos procedimentos a serem adotados na Rede do Frio é o PNI – Programa Nacional de Imunizações, criado em 1973 -, que deve ser consonante com orientações das Organizações Pan-americana e Mundial de Saúde. Manuais técnicos publicados e inúmeros treinamentos de recursos humanos orientam as atividades para o gerenciamento de estoque, distribuição, manuseio de imunobiológicos e manutenção de equipamentos e outros materiais. Nestes manuais ressalta-se que a refrigeração adequada de vacinas determina o sucesso do processo de imunização. Desta forma deve-se observar algumas variáveis, como:

  1. Temperatura: os fabricantes de vacinas fornecem temperaturas de armazenamento recomendadas para seus produtos, que em geral devem ser armazenadas entre +2    °C a 8 °C;
  2. Capacidade de Armazenamento: recomenda-se que os prestadores de cuidados de saúde “façam pedidos e armazenem apenas vacinas suficientes para atender às necessidades dos pacientes– geralmente por 60 dias com um ciclo de renovação de 30 dias. Se observa que volumes maiores aumentam o risco de desperdiçar vacinas devido a caducidade. Mantenha as vacinas em suas embalagens originais, armazene os caixas com datas de validade precoces em à frente, permita espaço para circulação.
  3. Estocagem: Não há dúvidas de que geladeiras e freezers domésticos, unidades de refrigeração comercial não são recomendados para armazenamento de vacinas. As vacinas devem ser armazenadas em câmaras frias e freezers de grau científico projetados e equipados para manter e garantir controle total de temperatura. E, por consequência, as câmaras frias para a conservação de vacinas não são unidades de armazenamento de alimentos.
  4. Monitoramento: O monitoramento da temperatura interna da câmara fria torna-se indispensável quando o assunto é vacina, pois, uma vez que haja a variação em sua temperatura, sua eficácia pode estar comprometida. Este acompanhamento é a forma mais adequada de manter, controlar e gerenciar as variações internas e externas de temperatura. O monitoramento remoto é a forma mais eficaz de acompanhar a temperatura, já que esta ferramenta garante controle rígido a esta questão que é fundamental. A plataforma de monitoramento, por sua vez, permite aos usuários monitoramento online durante 24 horas, em todos os dias da semana e a emissão de relatórios e gráficos de desempenho, inclusive retroativos, permitindo o gerenciamento da câmara via internet, acesso via computador, tablet ou celular, tanto por equipe própria ou técnicos especializados. Os dados são armazenados na nuvem e o suporte técnico para ajustes de programação e configuração, também pode ser remoto. Esta atenção e cuidados certamente contribuem e muito para a eficácia dos imunobiológicos, pois se a ciência avança, a refrigeração acompanha, contribuindo para uma vida bem melhor.

Quanto ao novo corona vírus, a não ser que algum outro país queira queimar etapas como a Rússia – e que bom que ninguém mais deu sinal disso até agora -, há seis vacinas, das 28 que já são testadas em pessoas e que já chegaram até a terceira e última fase. São elas que nos dão mais esperanças de se conseguir em breve uma forma de se proteger da Covid-19. Vamos torcer!

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